Ao contrário
Que aconteça o contrário
do inventor ainda não inventado,
nem que o sino toque no campanário
o "reqiem" vezes sem conta badalado,
o pau de canela adoçante no chá,
saiba só a chocolate ou café forte,
que o erro gramatical seja predicado,
e o ordenado na conta do pobre
seja bem mais aumentado,
que o mundo gire as avessas,
até ficar de cabeça tonta,
que eu por essas travessas,
batendo de porta em porta,
com o boné ao contrario,
encontrarei um poeta,
que escreva por linhas tortas.
Jorge Santos
03/2010
http://namastibetphoto.blogspot.com
O medo instituído
Esconjuro e dano as forças do universo
que do fogo inútil forjaram este imundo prodígio
por dentro , por fora e ainda do avesso
e este vulgar Homem profeta (absurdo e doentio)
desde o "ghetto" à Medina de Mecca ele rezou,
balbuciou as Thora's enquanto Germanizou o medo,
ignorou a desgraça e deserdou o livre pensamento,
estropiou a humana emoção , jurou segredo,
com lábios cosidos, sobre aquele sujo e imenso degredo.
(é branco o livro sagrado que encosta ao peito)
JORGE MANUEL MENDES DOS SANTOS
27/03/2010 http://namastibetphoto.blogspot.com
Flores do prado
trago em mim todos os estudos desenhados,
"croquis ",mas o desassossego é tanto,
que rasgo de pronto , as maquetas
e pinto com os dedos besuntados
nas paletas os botões ,as rosas
e os oceanos de emoções
que não consigo descrever,
por estas letras.
trago em mim a percepção do caos,
mas é nas flores iguais que o meu coração
aquece e esquece os momentos maus,
riscos e mais riscos não se me apagam da mente,
nem me embebedam ,diferente das planícies verdes,
essas desprendem-se-me da mente , como papagaios
de papel ,soltos do cordel e o rapaz
que corre ao longo do floral
não me agarra,não me apaga nem me vê mais
sou todo eu todo feito todo vaio
de flores de maios...
Jorge Santos
03/2010
http://joel-matos.blogspot.com
"croquis ",mas o desassossego é tanto,
que rasgo de pronto , as maquetas
e pinto com os dedos besuntados
nas paletas os botões ,as rosas
e os oceanos de emoções
que não consigo descrever,
por estas letras.
trago em mim a percepção do caos,
mas é nas flores iguais que o meu coração
aquece e esquece os momentos maus,
riscos e mais riscos não se me apagam da mente,
nem me embebedam ,diferente das planícies verdes,
essas desprendem-se-me da mente , como papagaios
de papel ,soltos do cordel e o rapaz
que corre ao longo do floral
não me agarra,não me apaga nem me vê mais
sou todo eu todo feito todo vaio
de flores de maios...
Jorge Santos
03/2010
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Alma d'espantalho
Esparto com imensos pardais,
De pano,nem por ser espantalho
Podem ser menos humanos seus ais
Seus sonhos papeis e coração de chocalho
Oco até ao pau que o sustenta
Não sente?,é ele próprio "a tormenta"
e o esteio,quem chora nas manhãs,
solitárias e tardes certas.
Jorge Santos
03/2010 http://namastibetpoems.blo gspot.com
De pano,nem por ser espantalho
Podem ser menos humanos seus ais
Seus sonhos papeis e coração de chocalho
Oco até ao pau que o sustenta
Não sente?,é ele próprio "a tormenta"
e o esteio,quem chora nas manhãs,
solitárias e tardes certas.
Jorge Santos
03/2010 http://namastibetpoems.blo
Barbearia
Barbearia
Não sou nada dentro deste muro,
Nunca serei nada do lado de fora dele,
Não posso mais do que querer ser,
Parte dos sonhos e de todos os lugares.
Sou filho comuna do vazio e cantoneiro
Nunca serei nada do lado de fora dele,
Não posso mais do que querer ser,
Parte dos sonhos e de todos os lugares.
Sou filho comuna do vazio e cantoneiro
De estrada sem berma, barbado,
Viajo sentado na loja do barbeiro,
Lendo, desatento, o jornal amarrotado
Estou vencido, (como se só o vencer
Fosse lícito), se estivesse para morrer
Teria lápide “ toda uma vida sem lealdade”
Mas também ela, uma (meia) verdade imitada
Das filosofias que não apalpei, sem euforia
Arderam, de resto, como a multidão
De versos adaptado, em esquadria.
O meu feudo é ter do real o convicto “ senão”
No fundo, estou desiludido nas certezas
E nem vejo na luz, o sol ou ouço, d’ouvidos,
Sons que cruzam, na barbearia, as vidraças,
Aquele assobiar, das ondas nas conchas dos búzios.
Mas hoje o universo reconstruiu--me…
Joel Matos
03/2010
http://joel-matos.blogspot.com
Quero...
Quero as suavidades pequenas e leves,
De poder sentir as brisas, soprando mansas
E nelas , leves , voem penas e esperanças,
Absortas em saudades de gestos suaves.
Quero sonhos flagrantes, madrugados,
Cores e horizontes fardados, como amantes,
Quero ter de volta os bandos migrados,
De aves vestidas e nelas beber como dantes.
Troco tomos e tomos de obras de artes,
Pelos sentidos tombos, suaves, do vinho,
a alegria de viver ,os caminhos e os enterneceres
Quero dançar de novo feito dançarino.
Jor
http://joel-matos.blogspot.co
assim assim...
(eu bem quis ser assim)
Eu quis ter um desses dias "assim assim"
Montei o monte claro que foi Olimpo
E foi quando voltei de querubim,
E virei costas aos sinais do tempo.
Eu quis ser um desses dias totais de vento
Com estandarte xadrez,armadura e tudo
Mas tudo o que consegui foi ficar mais tonto
E correr com o furor desfraldado
Se o meu sonho de ser tão alto
Fracassou foi porque faltei ao encanto
Cansei do contador de contos não fui coerente
Nem agarrei pela frente o elefante da sorte
Se trafiquei causas vesgas , foi por assim haver
Contrafeito todas as "merdas" e fazer de travesseiros,
As fraldas do monte Vesúvio, fiquei a feder
Por dentro e por fora tresandava , de maus cheiros.
(Fui eu sim ,num dia assim/assim)
Jorge Santos
Eu quis ter um desses dias "assim assim"
Montei o monte claro que foi Olimpo
E foi quando voltei de querubim,
E virei costas aos sinais do tempo.
Eu quis ser um desses dias totais de vento
Com estandarte xadrez,armadura e tudo
Mas tudo o que consegui foi ficar mais tonto
E correr com o furor desfraldado
Se o meu sonho de ser tão alto
Fracassou foi porque faltei ao encanto
Cansei do contador de contos não fui coerente
Nem agarrei pela frente o elefante da sorte
Se trafiquei causas vesgas , foi por assim haver
Contrafeito todas as "merdas" e fazer de travesseiros,
As fraldas do monte Vesúvio, fiquei a feder
Por dentro e por fora tresandava , de maus cheiros.
(Fui eu sim ,num dia assim/assim)
Jorge Santos
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