À margem de ti



Nada se passa em mim sem Ti,

" irmã coragem"

nadas longe...ou ficas na margem insegura,

sem amarra...

"ao Deus dará" ,nem digo:-- "vai", ou desminto o destino

que me colhe todos os dias mais uma,outra,... e outra hora

e que nem me falte essa tua ancoragem

de "Porto sem medo"

lá , onde nem me encalho nem me perco,

sendo eu , só miragem de ti ,

nado no destino dos teus restos de Luas irmãs,

irmã coragem ,

sê a minha margem, senta-me no teu colo

e conta-me uma historia infinita

onde nada se passe..nada,

depois descreve-me em surdina,

isso que nos céus se passa e nos rodapés

desenha-me amanheceres com quentes cores ,

e nas margens rudes

e cavadas

e nos afluentes talhados dos mares sem fundo...

onde nada se passa ,

deixa-me repousar à tua margem...


Jorge Santos

08/2010

http://joel-matos.blogspot.com


Elegia ao silêncio



Não digas hoje mais nada
que não irrompa no liquido ar
como seja um simples grasnar
de ave no lago,escarapantada
pelos bandos prestes a migrar,
bravos,belos e livres ainda...
não digas hoje nada mais
que interrompa nos tolos poisos
o viscoso peixe com pés,
dos lodaçais quietos
e dos pacatos pegos...
não digas nada...


Jorge Santos
Agosto 2010
http://namastibetpoems.blogspot.com

tradutor

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