Reis, princesas e infantes



 




Reis, princesas e infantes



Foge de mim um sonho
Que é ter mando e ser rei
Dos anfíbios e das charcas,
Mas a chuva só cai longe

Os barcos não me levam
Onde há sapais e charcos,
O meu grande desejo é
Escutar de noite e sempre

Infantas que foram agora
Sapas e eu rei das poças
Nem, quanto mais ouvi-los
Coaxar às "noivas-infantas"

Pedindo beijos nas bochechas
Gordas e verdes, ranhosas
Como sapos as têm, tolos
Anfíbios das poças de lodo

E eu nem rei nem bote
Onde nem sapais há ou charcas,
Foge de mim o sonho,
Que é ter mando ou sorte

De Reis, princesas, infantes …


















Jorge Santos (04/2017)









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